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helena rizzo

A gaúcha virou cozinheira quando descobriu que podia colocar no prato seus sonhos, inquietações e força artística

willem vendeven

Belga, aprendeu a dar valor aos ingredientes com os pais, que tinham uma loja onde vendiam verduras, embutidos e queijos

helena rizzo​

Helena virou cozinheira quando descobriu que podia colocar no prato seus sonhos, inquietações e força artística

Filha de mãe artista e pai engenheiro, Helena Rizzo nasceu em 1978, em Porto Alegre. a verve artística da gaúcha manifestou-se, primeiramente, numa breve passagem pela Faculdade de Arquitetura. aos 18 anos, decidida a experimentar a vida fora da casa dos pais, Helena mudou-se para São Paulo. enquanto fazia alguns trabalhos como modelo, foi garçonete da banqueteira Neka Menna Barreto e estagiou na cozinha dos restaurantes Roanne, de Emmanuel Bassoleil, e Gero, do Grupo Fasano.

Convidada a chefiar a cozinha do extinto Na Mata Café, Helena Rizzo desconfiou de que talvez o universo da gastronomia fosse mesmo o seu. aos 21 anos, juntou dinheiro, pôs na mala o caderno no qual desenhava e anotava seus devaneios, e embarcou para a Europa. estagiou nos restaurantes La Torre e Sadler, ambos na Itália.

Um dia, foi jantar no celebrado El Celler de Can Roca, em Girona (Espanha), e tudo começou a fazer sentido. entendeu que a comida poderia ser um meio de expressão artística, e não apenas um trabalho mecânico e monótono, como tinha sido a sua experiência até então. depois de muita insistência, ouviu um “sim” de Joan Roca, um dos proprietários. na cozinha do Celler, amansou os seus anseios. passou quatro meses na casa de Girona e um ano no Moo, restaurante dos Roca em Barcelona. foi no Celler que conheceu Daniel Redondo, então souschef dos Roca. apaixonou-se.

De volta a São Paulo, Helena recebeu de amigos a proposta de abrir um restaurante. convidou Daniel a se mudar para o Brasil e dividir a cozinha com ela. em 2006, nascia o Maní. à frente da casa por 11 anos, Helena e Daniel desenvolvem uma cozinha contemporânea calcada em ingredientes simbólicos da cozinha brasileira. suas criações, ora grandiosas, ora prosaicas, refletem memórias e o amor pelo produto. no início de 2017, Daniel desligou-se do Maní para desenvolver novos projetos, e Helena seguiu à frente do restaurante e das outras casas do Grupo Maní.

PS. Helena ainda desenha em cadernos e, vez ou outra, nas paredes do Maní.

willem vendeven

O belga Willem Vendeven tem experiências em vários restaurantes estrelados na França e na Bélgica

Willem Vendeven nasceu em Antuérpia, na Bélgica. Estudou na Escola de Hotelaria Ter Duinen Koksijde. Saiu de lá, em 2003, para a cozinha do restaurante La Bastide Saint Antoine Relais & Château, duas estrelas Michelin, em Grasse, na França. Em 2006, assumiu o posto de chef de partida do Hof van Cleve, três estrelas Michelin, em Kruishouten, na Bélgica.

De volta à França, foi chef de partida do restaurante Bras, três estrelas Michelin, do celebrado chef Michel Bras, em Laguiole. Nos anos seguintes, foi chef de cozinha do C-Jean e do L’Orangerie, ambos em Gand na Bélgica, até se estabelecer no Brasil, em 2014. Desde março de 2017, a gente tem a sorte de ter o Will dividindo a criação no Maní com a chef Helena Rizzo.